Sultanato de Cifala

"Os fracos devem temer os fortes"

O Sultanato de Cifala, originalmente um grupo de cidades comerciantes que precisaram se proteger durante o início da Terceira Era. Cifala, mesmo antes de se tornar uma nação, predominava a lei da selva nos territórios dos mercadores. Os grandes negociantes sempre precisaram saber se proteger, pois quando a influência não era o suficiente, a força ou o ouro precisavam ser.

Em Cifala, não há nobres nem plebeus por carregar um sobrenome. Aqui todos estão sob o constante perigo de destituição de suas posições, aqui só existem ricos e pobres, fortes e fracos, poderosos e capachos. Quanto mais rápida e menos fundamentada é sua ascensão ao poder, mais rápida será sua queda. Todo homem, mulher ou mesmo criança precisa se provar merecedor e tentar subir na cadeia de força ou influência, ou estará destinado à servidão e ao fracasso. 

No entanto, em todo o mundo, Cifala também é conhecida como A Terra das Oportunidades. Afinal, qualquer gladiador destinado a morrer nas arenas pode ser dono de tudo o que conseguir defender, tal qual qualquer vendedor pode ser tão rico quanto a rede comercial que conseguir criar... Aqui, nem mesmo a contribuição ao estandarte é mandatória. Se você se julga livre para continuar crescendo e enriquecendo, poderá ir tão longe quanto a soma de suas habilidades e influência pode levá-lo. Isto é, até que alguém mais forte tome o que é seu... 

História e Cultura

Desde o princípio de sua composição, Cifala goza de enorme independência, dado o fato destas terras terem sido as mais distantes dos olhos do Imperador que Unificou Artorian; mais a frente, na linha do tempo, as cidades que hoje compõem esta Nação também foram as que sofreram menos com a grande guerra contra a Legião dos Abandonados, a armada do Arcelich. Não se conhecia a piedade no início do calendário de Alvas, é seguro dizer que todos perderam alguém nesta guerra. No entanto, também é seguro dizer que o conhecimento desses grandes comerciantes é o que permitiu o suprimento da Grande Muralha da Liberdade, e também o que tornou esta uma nação tão rica. 

O voo de Tuz marcou o início da Quarta Era e uma nova fase de Cifala, partindo o continente e entregando boa parte de seus terrenos ao novo continente de Torpos. A liderança em sua época não aceitou tranquilamente a perda destes terrenos, gerando inúmeros conflitos entre os anões que habitavam Torpos e os comerciantes, conflitos que perduraram até o fim da Grande Guerra na Era Cinza, com Cifala sendo a única das civilizações que sobreviveu.

Desde sempre, Cifala acolhe pessoas de todas as partes do mundo, muitas delas atraídas pelo sonho de uma nova oportunidade, uma nova chance de vencer a longa jornada de uma vida indigna e cruel. Um sonho alcançado tantas vezes quanto fracassado. Como já mencionado, nenhuma posição política é segura, a lei dos mais fortes e mais inteligentes prevalece, qualquer um pode competir pelas posições mais altas da melhor forma que lhe convier e arcar com as devidas consequências. 

Religião e Política


Cifala não possui nenhuma religião instituída pela sua liderança, a liberdade absoluta traz consigo a liberdade para escolher qualquer culto, inclusive cultos proibidos. Ainda assim, as pessoas que vivem aqui acabam cultuando os que pregam a defesa, suas posses e utilidade ao comércio.

Sultão é o líder absoluto do Sultanato de Cifala, incluindo os governantes e forças armadas. Por regra, reside na capital da nação, detentora do Castelo da Capital, símbolo de poder e acesso a conhecimentos perdidos há muitas eras, casa da falecida Princesa do Deserto Eterno, como era chamada, a que governou todas as terras com punho de aço na Terceira Era, uma construção protegida com tanta magia que permaneceu intacta mesmo quando Tuz a sobrevoou.

Cada cidade, incluindo a habitada pelo Sultão, é administrada por um Emir, alguém que certamente precisa ter em larga escala influência, poder ou recursos, ou qualquer combinação entre os três. O Emir age também como líder de tropas locais, podendo também tomar o posto de líder de tropas da nação à depender da necessidade, evidentemente sempre sendo hierarquicamente inferior ao Sultão.

Ainda que a liderança de Cifala seja bem definida, não existe uma forma simples ou segura de atingir qualquer uma destas posições, muito menos manter-se nelas. A lei dos mais fortes e mais inteligentes prevalece, qualquer um pode competir pelas posições de prestígio, ainda elas sendo as de Emir ou até mesmo de Sultão. Mediante convocação do Sultão, um grande evento chamado de Festival dos Supremos será sediado na arena do Castelo da Capital, onde guerreiros e guerreiras de todos os lugares do mundo podem competir pelas posições de Emir, empunhando suas próprias armas, ou com campeões voluntários que lutam em seu nome.

Hierarquia e Militarismo

A liderança da nação é ocupada por Nero

Também conhecido como Sultão de Cifala, ou Imperador dos Dragões, Nero assumiu essa posição após eliminar Durukan Erman II no primeiro Festival dos Supremos.

A hierarquia de Cifala tem o Sultão como figura de poder absoluto dentro das terras da nação. Mesmo com toda a liberdade dentro do território do Sultanato, ir contra Nero usualmente é um atestado de morte ou escravidão.

Após a figura central, os Emires, Conselheiros do Sultanato, líderes comerciais e os acolhidos pelo Sultão disputam quem tem maior influência no degrau abaixo.

Os militares tem grau de importância conforme sua patente, que segue a seguinte ordem:
- Inquisidores, a força de elite do Sultão;
- Bandeiras, os capitães dos exércitos da nação;
- Guardas, o braço armado da nação;
- Patrulheiros, a força mercenária dos Emires.

Disputando importância com os militares estão os comerciantes da nação, força motriz da economia e com uma hierarquia tão volátil quanto são bem sucedidos.

Os forasteiros, camponeses, bandidos e escravos por vezes são tratados como pertencentes a mesma classe.

Cifala conta com dois grupos distintos para sustentar a lei. Os Patrulheiros, muitas vezes também referidos como os Mercenários dos Emires. Todo Emir deve ser capaz defender suas próprias terras, portanto, contrata mercenários ou tem guerreiros leais a sua liderança, uma tropa que deve ser capaz de sustentar a lei e participar de campanhas quando convocada pelo seu soberano. O nível de treinamento destas unidades varia de acordo com cada cidade e cada Emir, podendo ter mais ou menos treinamento e experiência do que o Exército do Sultão, ou Exército de Cifala. Não é incomum existirem disputas de poder e turras entre os Patrulheiros e os Guardas e Bandeiras, porém, todos acabam aceitando certa submissão aos Inquisidores.

O Exército de Cifala, também conhecido como O Exército do Sultão. Tropa estabelecida pela liderança da nação e inserida em todas as cidades, comandando as Guardas locais e, oficialmente, sendo hierarquicamente superior aos Patrulheiros, porém como já mencionado, rixas não são raras. O Exército faz a ponte bélica e estratégica entre os Emires e o Sultão. São os donos dos enormes e ferozes elefantes de Cifala, criaturas imparáveis e incansáveis, portando atiradores em seu lombo e armaduras de espinhos em seus membros e presas. Também são detentores de muita tecnologia bélica, visto que a maior parte dos impostos arrecadados na nação se destinam aos seus militares. 

Comércio e Criminalidade


O Comércio de Cifala pode ser resumido em poucas palavras: "Tudo tem um preço, seja ouro ou sangue."

Não existe limitação do que se pode comercializar em Cifala. Desde as mais exóticas armas, sedas e temperos até escravos, corpos e itens mágicos podem habitar suas feiras. A entrada e saída de produtos recebe apenas fiscalização para que o devido tributo seja pago, mas nunca impedindo nada de entrar ou sair da nação, o que fortalece muito todo o comércio, para o bem ou para o mal.

Aqui, os comerciantes pagam seus devidos tributos aos Emires e ao Sultão para proteger-se dos mais mal-intencionados, ou acabam tendo que proteger sua propriedade dos mal-intencionados, dos Emires e do Sultão.

Crime não é incomum em Cifala.

Alguns se julgam seguros em viver sem pagar o que lhes é devido, e muitas vezes descobrem que isso sempre pode lhes ser tirado.

Em suma, o castigo é tão severo quanto no antigo império. A forma mais comum de punição contra a vida é ser pendurado pelo pescoço até a morte, e a forma mais comum de punição contra propriedade é confiscar riqueza do incriminado, sendo eventualmente vendido como escravo para pagar a dívida.